domingo, 7 de junho de 2015


Hoje estava conversando com uma amiga sobre as relações amorosas atuais, ao final da conversa chegamos a mesma conclusão... O amor romântico esta apresentando possíveis indícios de colapso.
Solidão cibernética?
As relações afetivo-amorosas estão sendo modificadas, isso é um fato. A diminuição da frequência de contatos primários, pelo narcisismo e individualismo exagerado, padrões impostos pela sociedade e o impacto comercial da mídia parecem gerar nos indivíduos um comportamento impulsivo-compulsivo. As pessoas hoje parecem ser descartáveis, prescindíveis como objetos de consumo de necessidades, utilizadas como cura ou fórmula imediata para amenizar algum tipo de desejo ou mal-estar. Tudo facilitado pelas novas tecnologias.
Se antes era preciso uma longa jornada para dar uma passada de mão, hoje em dia basta querer para conseguir sexo fácil. O conceito de Fast Food se estendeu para outros tipos de comida.. Se é que vocês me entendem. Basta uma troca de palavras, uma química a mais, uma vontade mútua para que estranhos troquem saliva e fluidos.
Ta certo, sexo é bom, todo mundo gosta, e o pessoal quer variar, descobrir, comparar e ideias geniais como Tinder, Whatsapp e Viber, por exemplo, permitem que todo mundo possa transar muito, gozar muito, descobrir muito e passar muitos dias acordando com pessoas novas na cama. É claro que tudo isso é bem legal, esse texto não é uma crítica a quem curte esse estilo alternativo de vida. Esse texto é, apenas, sobre o outro lado, o lado de quem quer namorar mesmo, estar em um relacionamento serio com alguém. Em tempos de Tinder, para ficar com uma pessoa só é preciso coragem!
Quando fica difícil lidar com os desafios que uma relação mais estruturada promove, muita gente foge e acaba se refugiando no sexo. Mesmo se o sexo for vazio, se não significar muito mais do que uma punheta terceirizada, se significar somente a junção de dois corpos em busca de uma gozada e nada mais.