terça-feira, 21 de abril de 2009

Jogando


Que graça teria esse jogo se soubéssemos o que iria acontecer, quem sairia como vencedor. A vida não é diferente dos jogos, nos dois, tudo é imprevisível; e eu estou arriscando, se no final sairei vencedora, não sei. Irei jogar até o fim, se tiver que apostar todas as minhas fichas, apostarei. Não tenho medo de perder; ganhar ou perder é apenas consequência. Assim é a vida, um jogo de sorte e azar, às vezes é preciso jogar alto, arriscar. Nesse jogo não perdemos fortunas, simplesmente chances, que mais tarde poderão acarretar significativas fortunas; não só monetárias, mas também relacionamentos, oportunidades, enfim, milhões de situações que dependerão de certas atitudes e abdicações nossas para acontecer ou não. Pretendo aproveitar ao máximo esse jogo, pensar em todas as possibilidades com calma, pois existe apenas uma partida a ser jogada. Vou acompanhar de perto, cada passo, cada movimento, porque se eu titubear por um instante, posso nunca mais ter a mesma chance. Acredito que isso vale para qualquer situação vivenciada, não devemos ter medo de arriscar, as chances estão ai para serem aproveitadas, se você ficar em dúvida, o próximo indivíduo que vier logo atrás irá rouba-la e, a mesma chance, pode nunca mais aparecer novamente. Então, aproveite todas as oportunidades que são impostas, pense bem se é o melhor para você, se não irá passar por cima de outras pessoas; nunca passe por cima de ninguém para conquistar o que deseja, jogue da maneira mais simples e limpa, certamente as conquistas trarão mais orgulho. Aproveite o jogo!

sábado, 18 de abril de 2009

Como troféu


Juro que não vai doer se um dia eu roubar o seu anel de brilhantes, afinal de contas você me colocou em uma estante, como troféu, no meio da bugiganga. Como mutante, no fundo sempre sozinha, seguindo o meu caminho, esperando por alguém que, de fato, me complete e me dê o valor necessário, não me colocando, apenas, em uma estante para mostrar sua conquista para os outros e esperando que eu me sinta mais especial por conta disso. É por isso que continuo sozinha, não é por falta de amantes, amizades coloridas ou qualquer outro tipo de relação e sim por falta de alguém que saiba valorizar o todo, não só o rostinho bonito. Não quero paixões passageiras, com prazo de validade, não busco amor para eternidade - que seja eterno enquanto dure - quero alguém para compartilhar minha história e que eu possa contar com sua ajuda sempre; quero amor, carinho, quero sentir reciprocidade de sentimentos. Enquanto isso, vou continuar sozinha, ajeitar minha vida, buscar os meus sonhos, pois em algum momento vou encontrar alguém que não me veja apenas como troféu.

sábado, 4 de abril de 2009

Fortaleza indestrutível


Depois de tantas magoas acabei construindo uma fortaleza intransponível e indestrutível. Hoje quero transpo-la, mas não sei como fazer. A medida que o tempo foi passando vi que meus muros acabavam me prejudicando, meus relacionamentos não davam certo, a frieza começou a tornar-se uma das minhas características. Hoje quero mudar esse quadro, destruir os muros, sentir novamente algo, mesmo que mais tarde não dê certo, viver as emoções que acabei deixando no lado de fora. Não é questão de ser ou não feliz, mas sim, de perceber que esse meu isolamento estava, realmente, afastando um pouco as pessoas. Tenho que reconhecer que o mais difícil não foi construir meus muros, o mais difícil é sair da fortaleza e começar a sentir tudo novamente, reaprender. O que é a vida sem emoções? nada, precisamos sentir, chorar, sorrir, para aprender a viver, e viver foi sempre meu lema, no entanto, acabei esquecendo deixei me levar por frustrações e pela falsa ideia que eu poderia fugir delas. Em meio a tantas tentativas de fuga consigo, finalmente, transpor os muros, pular de volta para o mundo e reaprender a sentir todas as emoções novamente, sem pensar se irei ou não me magoar, apenas com a certeza que irei viver.